domingo, 14 de junho de 2009

Antes da adesão, um ato público contra a corrupção e o entreguismo do governo Lula

De como Lula e sua máquina “biafraram” o PDT e similares(II)
Lupi inflamado no dia em que denunciou Lula e o PT como aliados do sistema econômico internacional. Na outra foto, a casa cheia, num ato contra a corrupção e o entreguismo do governo Lula. (FOTOS DO SITE DO PDT-RJ)
“Não votamos nesse Lula que está aí! Votamos no Lula que saiu de Garanhuns de pau-de-arara e não nesse que está aí em Brasília, aliado ao atual modelo econômico”. Carlos Lupi, presidente do PDT, em ato público na ABI, julho de 2005 No último grande ato realizado pelo PDT, em parceria com outros partidos, ainda no final de julho de 2005, um exaltado Carlos Roberto Lupi, presidente do partido, disse perante a multidão que lotava o emblemático auditório da ABI: — O PDT abraçou este ato em nome da democracia brasileira porque o PT foi para a direita e aderiu ao sistema financeiro internacional. Somos intransigentes contra a corrupção e contra o modelo econômico extorsivo que achata os salários dos trabalhadores. A manifestação foi descrita como histórica pela jornalista Oswaldo Maneschy no site da agremiação brizolista: “o ato no auditório da ABI estava totalmente lotado por militantes de diversos partidos de esquerda, que foram mostrar sua indignação com a política econômica e a corrupção praticadas pelo governo Lula e pelo Partido dos Trabalhadores”. Aquela massa indignada levou Lupi a ser muito duro com o PT: – O que nos interessa neste momento é um projeto para o País, é configurar uma aliança que se coloque à esquerda do PT para não ficar nessa falsa polarização entre o Valério do PT ou o Valério do PSDB. E disse mais: – O fundamental é ter coragem e amor à pátria para começar um movimento como o que estamos iniciando hoje. Temos que ter coragem de dizer não! “Ainda vão pedir arrego” No dia seguinte, José Dirceu, já fora da Casa Civil, por conta do “mensalão”, mas no exercício do mandato de deputado federal, que seria cassado em 1 de dezembro, teria comentado com Marcelo Sereno, seu fiel aliado no Rio de Janeiro: - Esse Lupi e o PDT ainda vão pedir arrego. Ainda vão engolir essas palavras. Ano que vem, eles não terão votos nem para alcançar a cláusula de barreira. Não terão alternativa senão correr para nós. Para os militantes brizolistas, porém, o partido estava empinando a pipa para o grande confronto de 2006, nas primeiras eleições presidenciais depois da morte do caudilho. O ato foi inesquecível para alguns. Reunia lideranças do PDT, PPS, PSOL, PSTU e PCB. A partir de então, mesmo sem recursos, sem ter máquinas na mão, os brizolistas voltaram a ver sua estrela brilhar. Mesmo apresentando como candidato presidencial o ex-petista Cristóvão Buarque, que não empolgou as massas, ao contrário de Heloísa Helena, o PDT teve um surpreendente desempenho parlamentar, aumentando sua bancada federal de 18 para 24 deputados. Foi quando Lula viu que ali residia o perigo. Através de Tarso Genro, então, ministro de Relações Institucionais, e do deputado Miro Teixeira, líder do PDT, que havia sido reeleito com a pior votação de sua vida, foi maquinando a forma mais irresistível de pôr o brizolismo debaixo do braço. - Um ministério, opinou Miro. Um ministério é tudo. Lula desconfiou que o deputado estaria querendo voltar ao governo, apesar do fracasso quando, no início de 2004, rompeu com Brizola para ficar no Ministério das Comunicações, prometendo arrebanhar a maior parte dos deputados pedetistas. E pediu um encontro direto com o presidente do partido, aquele inflamado brizolista do ato da ABI. As luzes do Palácio No início de dezembro, Lula recebeu em palácio Lupi, Miro, o senador Osmar Dias, líder no Senado, e o governador Jackson Lago. E tratou de se penitenciar, ao afirmar que errara quando fez de Miro ministro, passando por cima de Leonel Brizola - e sem obter antes o seu aval. - Eu errei, viu, Miro? - disse Lula. E os olhos dele se encheram de lágrimas ao falar de Brizola. (Essas lágrimas ficam por conta de um atento colunista de Brasília). Esse mesmo jornalista, aliás, comentou: Lula tem mais afinidade com Miro do que com Lupi. E se sentiria mais confortável com Miro como ministro. Mas preferiu levar em conta a força de Lupi dentro do PDT. O encontro deu panos para as mangas. Lupi também foi muito gentil com o presidente, trocando aquelas acusações incisivas de julho de 2005 por palavras afáveis, lembrando que votara nele no segundo turno do pleito de 2006. Naquele dia, Miro Teixeira percebeu que não tinha muito a esperar nos seus desejos ministeriáveis: Lula queria o PDT inteiro e daria tempo para Lupi construir a mudança de rumo no partido, o distanciamento do discurso que associava o PT a Marcos Valério, o “careca” denunciado por Roberto Jefferson. O dia do sim O marco desse tempo seria o carnaval. Depois, já em março, teria idéia de qual ministério sobraria para o PDT, já que o principal era ampliar a participação do PMDB e administrar a convivência no governo com os partidos do “mensalão”, - PTB, PP e PR (ex-PL). Mas Carlos Roberto Lupi tinha pressa. Antes mesmo do Diretório Nacional do PDT se reunir em janeiro, no Rio, já havia participado de duas reuniões do Conselho Político montado por Lula, reunindo líderes partidários da base aliada. E na sexta-feira, 12 de janeiro de 2007, com o Rio a 40 graus, reuniu o Diretório Nacional do PDT no prédio da Fundação Alberto Pasqualini-Leonel Brizola, na Praça Tiradentes, ao lado do Teatro João Caetano. A reunião começou às duas e meia e terminou às cinco da tarde. Apesar do resultado folgado da votação a favor da adesão – 151 X 31 e uma abstenção – registraram-se debates acalorados, com destaques para o veterano Cibilis Vianna, que surpreendeu numa renúncia às restrições que fazia a Lula desde o dia em que Brizola foi ao seu encontro em São Bernardo, e para Arnaldo Mourthé, então secretário de Relações Internacionais do partido, que qualificou aquela adesão de “capitulacionista”. A preocupação de Lupi era antecipar-se à posse dos 24 eleitos com discurso oposicionista. Para isso, fez aprovar uma resolução no Diretório Nacional determinando que a bancada teria que seguir piamente as decisões da cúpula partidária. Para Brizola, uma missa A reunião, que começou com o Hino Nacional e uma salva de palmas para lembrar Brizola, terminou com a votação esmagadora e um racha: naquele mesmo dia, Arnaldo Mourthé, figura histórica das lutas estudantis e admirado pessoalmente por sua lisura pelo caudilho, renunciou ao cargo na Executiva, coerente com o seu discurso, em que fez um desesperado apelo: — Que cada um ponha a sua mão na consciência, reflita e diga um “não” rotundo a essa adesão capitulacionista. Pegou suas coisas e nunca mais voltou ao partido que ajudou a construir. Vitorioso em sua proposta, Carlos Lupi convidou os correligionários para uma missa na Igreja de São Benedito, no Centro da cidade, próxima ao camelódromo, dia 22, quando Brizola seria reverenciado na data do seu nascimento. Se vivo fosse, naquele janeiro de 2007, completaria 85 anos. coluna@pedroporfirio.com

3 comentários:

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