domingo, 29 de março de 2009
Os olhos azuis que aqui seduzem mais que nos outros mares
domingo, 22 de março de 2009
A sorte dos massacrados da Varig na hora da verdade
Ministro Octavio Galllotti relatou a DECISÃO UNÂNIME da 1ª Turna do STF que, em 1997, garantiu a indenização da Transbrasil. Agora, matéria idêntica será relatada pela ministra Carmen Lúcia.
sexta-feira, 20 de março de 2009
Um Senado entre o inútil e o indefensável (como já escrevi)
domingo, 15 de março de 2009
Ah, se todos os lesados também esperneassem assim!
O advogado OSWALDO DUARTE obteve anecipação de tutela numa ação que põe a nu um novo tipo de extorsão do consumidor praticada por uma concessionária privada de serviço público. Na tabela, demonstrou que o consumo de luz aumentou, ao invés de diminuir, como diziam os funcionários da Light para arbitrar uma multa sobre a consumidora. Não contavam que ela guarda todas as contas que paga ao longo dos anos, o que serviu para que o juiz Ricardo Barcellos, da 25ª Vara Civel, tomasse a decisão
quinta-feira, 12 de março de 2009
Pena de Morte para Protógenes Pinheiro Queiroz
“No final das contas, o delegado (que seria o mocinho) tem tudo para ser crucificado como o “bandido” de toda a história, enquanto Daniel Dantas e seus poderosos aliados e parceiros saem completamente ilesos e inocentados de todo o escândalo”.
Jorge Serrão, “Alerta Total”
Começa pelo nome: Protógenes – isso é nome de um tira da pesada? De acordo com a Enciclopédia Britânica, Protógenes foi o nome de um pintor grego que viveu por volta dos anos 390 a 200 antes de Cristo. Como todos os pintores de sua época, seus trabalhos foram destruídos pelo tempo, restando apenas relatos na literatura acerca de sua existência e de suas obras. No Dicionário do Significados dos Nomes, quer dizer “o primogênito”.
Nome grego, portanto. E da época em que só se falava em Sócrates (470-399 AC), o primeiro filósofo de responsa. Como é que um homem com a marca de um artista vai se meter a tira num país da impunidade, como bem definiu o malandro Bezerra da Silva em seu samba sobre os políticos canalhas?
Esperava o que, esse insólito policial? Achava que ir ganhar uma medalha por mexer em caixa de maribondo? E logo com o que há de mais protuberante nesses podres poderes?
Quanta petulância. Vai querer o que? Cavoucar as mazelas de uma República inebriada pelo mel do poder lambuzado? Não tem pra ninguém, cara.
Tá todo mundo mareado pelo cruzeiro de ilusões multicores. Quem chega ao topo, manda e desmanda. Não adianta espernear.
Delegado atrevido
O delegado atrevido fez concurso, ralou para ganhar o distintivo. Um ministro do Supremo Tribunal Federal não precisa queimar a mufa. Ganha do presidente amigo a mais cobiçada cadeira da magistratura para o resto da vida.
E, como é público e notório, o que a Justiça decide não se discute: cumpre-se. Inda mais se for a Justiça Superior.
Mais o quê? Meter-se com um personagem poderoso, para o qual todos se agacham como se diante da galinha dos ovos de ouro?
O delegado Protógenes Pinheiro Queiroz brincou com fogo desde quando começou a trabalhar como agente federal. Mexeu com boa parte do nosso PIB. Sabe o que é PIB? É isso mesmo. Diz-se da turma que consta do pódio do sistema.
Abusou, sem dúvida. Agindo como um autêntico “ET”, criou uma falsa idéia de que no Brasil, finalmente, a cana não seria só para ladrão de galinha.
Folha Corrida
Veja seu histórico: Foi quem efetuou a prisão de Paulo Maluf, do contrabandista Law King Chong, de Daniel Dantas, de Naji Nahas e do ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta.
Estiveram sob sua coordenação, em parceria com a Promotoria de São Paulo as investigações do caso Corinthians/MSI, por evasão de divisas e lavagem de dinheiro. Os envolvidos nas fraudes da arbitragem do futebol Brasileiro, em 2005, foram investigados por ele e pelos promotores Roberto Porto e José Reinaldo Guimarães Carneiro, do Gaeco.
Queiroz também presidiu o inquérito sobre remessas ilegais de dinheiro para paraísos fiscais, que desvendaram movimentações de cerca de cinco milhões de dólares, das quais o ex-prefeito Celso Pitta seria o principal beneficiário. O ex-prefeito Paulo Maluf (PP) foi investigado no mesmo inquérito. Foi seu o relatório que terminou o inquérito sobre desvio de dinheiro da Prefeitura de São Paulo, concluindo que "os cofres públicos foram pilhados" durante os governos de Maluf (1993-96) e Pitta (1997-2000).
Participou da operação que prendeu o comerciante Law King Chong, o maior contrabandista do Brasil. King Chong estava disposto a pagar 1,5 milhão de dólares ao presidente da CPI, deputado Luiz Antônio Medeiros para obter favores, mas suas conversas foram registradas.
Foi quem comandou a Operação Satiagraha, desde seu início até o dia 14 de julho de 2008, quando se afastou "voluntariamente, por motivos pessoais", a "conselho" da cúpula da Polícia Federal. Curiosamente Protógenes teria comentado com aliados que esse afastamento desmerece seu trabalho, e causa um prejuízo muito grande à investigação
No dia 16 de julho o presidente Lula determinou ao seu ministro da justiça Tarso Genro que combinasse com a cúpula da Polícia Federal o retorno de Queiroz ao comando das investigações na Operação Satiagraha. Entretanto tal não ocorreu, e o último ato de Queiroz nesse inquérito foi indiciar formalmente Daniel Dantas, do Banco Opportunity, e mais nove pessoas investigadas na Operação Satiagraha no dia 18 de julho de 2008, sob acusação de gestão fraudulenta e formação de quadrilha.
Com tanta imprudência, você queria o que? Como as mais altas proeminências dos nossos podres poderes estão querendo comer-lhe o fígado, não será surpresa se alguma dessas vestais sugerir o restabelecimento da pena de morte com o objetivo de permitir a execução de todos os policiais e juizes que ousarem mexer com os donos do Brasil. A começar por esse Protógenes.
Matéria de encomenda
Com a palavra o inquieto repórter JORGE SERRÃO, editor do “Alerta Total”:
“O poderoso e bem articulado esquema de defesa do banqueiro Daniel Valente Dantas está por trás da publicação da reportagem de capa da revista Veja: “A Tenebrosa máquina de espionagem do Dr Protógenes”. A matéria tem o objetivo tático de desmoralizar, desqualificar e desacreditar as investigações comandadas pelo delegado federal Protógenes Queiroz na Operação Satyagraha. A intenção fica explícita quando o texto se encerra, na página 191 da revista, informando que um dos arquivos de computador do delegado indica que “ele estava se dedicando a escrever uma autobiografia. Título: Protógenes, a Lenda”.
O que não parece lenda é o trabalho produzido – e não completamente divulgado – do delegado. O processo da Satyagraha, para facilitar a eventual punição de poderosos envolvidos, corre em “segredo de Justiça”. Se Protógenes e sua equipe eventualmente cometeram erros, irregularidades ou ilegalidades durante a investigação, tal questão deveria ser apurada com isenção pela Justiça. Até agora só vazou para a mídia amestrada o conteúdo de eventuais situações nas quais o investigador teria cometido excessos ou abusos de autoridade – o que também precisa ser comprovado judicialmente. O que não vaza, estranhamente, é a ligação direta, real e comprovada de Daniel Dantas com todos os poderes da República.
O feitiço da reportagem da Veja tem tudo para se voltar contra o feiticeiro por causa da reação que já provocou nos bastidores políticos, neste final/começo de semana. Um dos mais indignados com a matéria – apenas porque foi citado nela, sem explicações mais completas – foi o senador Antônio Carlos Magalhães Júnior (DEM-BA). O filho do falecido ACM, que sempre se pautou pela discrição, ameaça ocupar esta semana a tribuna do Senado para cobrar que seja divulgada e aberta publicamente a relação completa de quem tem relações com Daniel Dantas.
O senador garante, nos bastidores, que todo mundo tem. Algumas ligações são comprometedoras politicamente. Outras são meros negócios praticados dentro da legalidade. ACM Júnior garantiu a amigos que não teve negócios ilegais com Daniel Dantas. O senador suspeita que a citação de seu nome nas investigações de Protógenes –classificada de “misteriosa” e sem aplicação pela revista – foi uma mera manobra ilusionista para esconder outros fatos muito mais graves que a reportagem não quis mostrar e que as investigações (em sigilo) podem ocultar no final do processo”.
E você o que acha?
coluna@pedroporfirio.com
domingo, 8 de março de 2009
Excomunguem-me, pelo amor de Deus
Estuprada pelo padastro e grávida aos 9 anos, a menina corria sério risco num parto de gêmeos. Com o apoio do Vaticano, o bispo da Recife chocou a humanidade, inclusive católicos, ao excomungar todos os que partiparam do aborto que salvou sua vida, sinalizando o caminho do inferno. Já o estuprador Jailson José da Silva está a salvo dos estigmas previstos no Código Canônico e poderá até ir para o céu quando morrer, desde que se confesse e comungue.
sexta-feira, 6 de março de 2009
O assassinato de Jango e a conspiração impune
domingo, 1 de março de 2009
Ameaça a um HOMEM DE BEM que destronou uma oligarquia
“Imagine 40 anos sem alternância de poder! Essa é a herança que recebemos e estamos combatendo. Estou certo de que no final a verdade triunfará e o Maranhão de fato inicie a ruptura com essa triste fase de sua história”. Jackson Lago, prefeito de São Luiz por três mandatos e atual governador do Maranhão. Vinte e seis meses depois de empossado e na plenitude da realização de um dos governos mais férteis do Maranhão, Estado que passou décadas sob o controle de duas oligarquias, a do “coronel” Vitorino Freire e a do onipresente e todo poderoso José Sarney, o governador Jackson Lago poderá perder o mandato conquistado na mais emblemática e festejada eleição em toda a história do Nordeste brasileiro. Está na pauta do Tribunal Superior Eleitoral um recurso assinado pela candidata derrotada, Roseana Sarney, com a alegação de que sua campanha teria recorrido ao abuso do poder econômico e praticado a compra de votos para garantir os 101mil 874 sufrágios que pôs na frente da filha do oligarca no renhido segundo turno das eleições maranhenses. Os fatos alegados teriam ocorrido antes mesmo do primeiro turno. E neste, a candidata da oligarquia teve a maior votação, graças à divisão dos setores contrários ao reinado que controlava o Maranhão desde 1965, quando o homem que entrou na política como o “Zé do Sarney”, por ser filho do desembargador Sarney Costa, ex-presidente do TRE-MA, fez-se governador com o apoio da ditadura militar graças à briga entre o cacique Vitorino Freire e o então governador Newton Belo. Os números falam No primeiro turno, com 7 candidatos, Roseana Sarney obteve 1.282.053 votos, contra 933.089 conferidos ao candidato do PDT-PPS. Cheia de si, a candidata da oligarquia já se considerava com um pé no Palácio dos Leões, onde reinou de 1995 a 2002. Não me consta que tenha formulado qualquer reclamação em relação aos votos obtidos por seu adversário mo primeiro turno. Ela acreditava que os 387.337 dados a Edson Vidigal, ex-presidente do STJ, migrassem para o seu baú. Nessa campanha, Jackson Lago tinha o apoio apenas do PDT, que ajudou a fundar, do PPS, que deu o vice Luiz Carlos Porto, e do PAN. Já Roseana encabeçava uma policrômica coligação, encabeçada pelo PFL, com o PMDB, PP, PTB, PTN, PSC, PL , PRTB , PHS , PV (do irmão Zequinha) e PRP. Não contava com a força crescente da Frente de Libertação do Maranhão, formada a partir do eleitorado da ilha de São Luiz, onde sua família perdeu todas as eleições, mesmo quando passou a reinar sozinha, a partir da morte de Vitorino Freire, em agosto de 1977. Desde o dia em que assumiu, o médico e prefeito de São Luiz em três ocasiões (1989-1992, 1997-2000 e 2001-2002), o governador da grande mudança não teve um dia de sono tranqüilo. Ele era protagonista do fato político mais importante das eleições de 2006, que ganhou maior repercussão com a derrota de outra oligarquia construída nos idos da ditadura, a de Antônio Carlos Magalhães, na Bahia. Estado de pobreza Além da orquestração contrária patrocinada pelo todo poderoso José Sarney, o político do Maranhão que ganhou mandatos de senador no Amapá, apesar da vigência da lei do domicílio eleitoral, Jackson Lago teve que enfrentar um grande desafio: o Estado do Maranhão apresentava um dos maiores índices de pobreza e concentração de renda do país. Além disso, como senador híbrido (PFL no Maranhão e PMDB no Amapá) e sendo hoje o mais antigo parlamentar em atividade (ganhou o primeiro mandato em pleno reino do “mapismo”, aos 25 anos, em 1955), como ex-presidente da República, a que ascendeu com a morte de Tancredo, depois de trair os seus parceiros da antiga Arena, que presidiu, o que desapontou o general Figueiredo, Sarney só tem um desejo em sua mente conturbada: colocar a filha, mais uma vez, à frente do governo do Maranhão. Antes do TSE apreciar o recurso contra a sua diplomação, Jackson Lago foi atingido por uma ruidosa operação da Polícia Federal, algo que um dia deverá ser esclarecido devidamente, porque, como ele denunciou, houve uma manipulação midiática capciosa do inquérito, que se vale de citações de terceiros. Na época, como disse ao jornal BRASIL DE FATO, o governador maranhense deu entrevista aos grandes jornais do país, que simplesmente esconderam seus esclarecimentos: “Eu passei três dias em Brasília, dando entrevistas para todos os órgãos de imprensa nacionais. Mesmo assim, minha versão não saia nos jornais. Apresentei documentos registrados em cartório provando que não estava clandestino em Brasília, como afirma a Polícia Federal e nenhum jornal se dignou a publicá-los. No entanto deram páginas mostrando minhas imagens da câmara de segurança do hotel, como se eu fosse um criminoso”. Vigília pelo respeito ao voto Não tenho a menor idéia do que decidirá o TSE, até porque o relator Eros Grau já se manifestou pela cassação do seu mandato. Mas essa corte não pode decidir de costas para os fatos e seus efeitos. Decorridos 26 meses de governo, Jackson Lago é de longe um símbolo de lisura e probidade. Basta ver o crescimento do seu patrimônio e comparar com o próprio meio dono do Maranhão, que controla tudo, inclusive, e principalmente, a mídia, tendo como âncora a retransmissora da Rede Globo de Televisão. Tudo o que serve para o recurso contra a diplomação é baseado em ilações. Provas, nos termos da legislação eleitoral, nada. São acusações de doações de cestas básicas e kit salva-vidas para moradores da baía de São Marcos, em São José de Ribamar e transferência de recursos públicos para uma associação de moradores de Grajaú. Há ainda menção a uma suposta apreensão de R$ 17 mil pela Polícia Federal, em Imperatriz, valor que, segundo a coligação de Roseana, foi usado para a compra de votos. Segundo a senadora, ocorreu também distribuição de combustível e material de construção com apoio do ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB). Neste momento, os homens de bem deste país, os que ainda acreditam no respeito à vontade soberana das urnas, têm obrigação de construir uma grande corrente e deflagrar uma marcante vigília cívica para contrapor à influência maligna do homem que, aos 78 anos, seria a última pessoa a ter autoridade para argüir vícios em eleições. Sua condição de senador pelo Amapá, onde caiu de pára quedas, fala por si. Qualquer juiz sabe que a simples transferência do título para um endereço em outro Estado não configura uma mudança real, nem do ponto de vista ético, nem legal. Quem quiser conhecer mais sobre o personagem que quer sacrificar a vontade do povo do Maranhão, sugiro a leitura do artigo do jornalista Emílio Azevedo, publicado no JORNAL PEQUENO em 26 de março de 2006, que transcrevo no blog PORFÍRIO URGENTE coluna@pedroporfirio.com coluna@pedroporfirio.com
